Por Hermes C. Fernandes
Qual teria sido a postura de Jesus com relação ao ministério de João? Haveria algum tipo de competitividade? Em algum momento Jesus desprezou o ministério de Seu primo? Absolutamente. Pelo contrário. Jesus o honrou como a nenhum outro.
Este deveria ser o padrão. Enquanto preparamos o caminho para as próximas gerações, honramos as gerações que nos antecederam.
Estando no cárcere, João enviou discípulos para perguntar a Jesus se Ele era aquele que havia de vir, ou se deveriam esperar por outro. Não sabemos ao certo o motivo que levou João a duvidar disso. Ele já conhecia Jesus. Desde o ventre materno, João O havia reconhecido como seu Senhor. Talvez tenha sido um momento de crise. Ele ouvia tantas coisas, que chegou mesmo a duvidar. Talvez a intriga da oposição o tenha levado a isso. Jesus não Se sentiu ofendido. Ele sabia que os seres humanos são assim, e que, por vezes, atravessam crises. Em vez de repreender os discípulos de João por sua incredulidade, e enviar-lhe um recado mal-criado, Jesus apenas respondeu: “Ide, e anunciai a João as coisas que ouvis e vedes: Os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são limpos, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados e aos pobres é anunciado o evangelho” (Mt.11:4-5). Era como se Jesus dissesse: - Digam a João que tudo está sob controle. Que ele tem participação no que está acontecendo. Ele fez um ótimo trabalho preparando o caminho para mim.
Depois que os discípulos de João partiram, Jesus começou a dizer à multidão:
“Que fostes ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? Sim, que fostes ver? Um homem ricamente vestido? Os que trajam ricamente estão nos palácios dos reis. Mas então que fostes ver? Um profeta? Sim, vos digo eu, e muito mais que um profeta. João é aquele de quem está escrito: Adiante da tua face envio o meu anjo, que preparará diante de ti o teu caminho” (Mt.11:7-10). Por incrível que pareça, Jesus está dividindo os créditos do seu bem-sucedido ministério com aquele que O antecedeu. – Foi ele que preparou o caminho! Jesus o estava honrando.
Ele arrematou: “Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João Batista...” (v.11a).
Ah se as novas gerações soubessem honrar quem as antecedeu! Quando problema seria evitado!
Hoje, pais e filhos se digladiam em busca de afirmação. Pais menosprezam seus filhos, enquanto os filhos desprezam a experiência de seus pais.
A ordem de Deus é clara: Devemos honrar os nossos pais. Isso é inegociável. É um mandamento, não uma sugestão. Temos que honrá-los, mesmo depois da morte.
E uma das maneiras de honrarmos nossos pais é procurando ir além de onde eles foram. Não para desbancá-los, mas para testificar a todos que foram eles que nos prepararam o caminho.
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